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Quem é Corina Portugal?




O Cemitério Municipal de Ponta Grossa foi criado no ano de 1881 e, possivelmente, é um dos primeiros cemitérios na cidade. Ao chegar no local, há um grande sentimento de nostalgia com a presença de mausoléus (tumba grandiosa, normalmente feita para pessoas importantes) por todos os lados. É um excelente lugar para conhecer e prestigiar a história pontagrossense.

Um dos túmulos visto logo na entrada é o de Barão de Guaraúna, de 1893, figura muito conhecida pelos munícipes. Ao lado esquerdo do cemitério, há um túmulo de cor branca com centenas de placas e flores ao seu redor. Ao se aproximar, é possível ver a imagem de uma mulher e a cidade do Rio de Janeiro como plano de fundo. Esse é o túmulo de Corina Portugal.

Corina Antonieta Portugal nasceu no Rio de Janeiro, ano de 1869. Depois de se casar com Alfredo Marques de Campos, aos 15 anos, veio morar em Ponta Grossa. O casal não tinha uma boa situação financeira, porém, Alfredo era amigo do médico João Menezes Dória, quem o ajudou a abrir a Farmácia Campos. Há relatos de que Campos era viciado em jogos e gastava todo o dinheiro que recebia em vícios e mulheres, fazendo de seu relacionamento com Corina algo muito turbulento.


Em 1889, alguns boatos circularam de que Corina estaria traindo seu marido. No dia 26 de abril do mesmo ano, Alfredo matou sua esposa com 32 facadas, alegando que ela estaria o traindo com seu amigo, João Menezes Dória. Outra figura muito importante de Ponta Grossa também teve parte nessa história; Vicente Machado, que era advogado na época, e ajudou Alfredo em sua absolvição. Depois disso, Campos se mudou para Minas Gerais, porém, quando a notícia do que fez chegou onde morava, acabou suicidando-se.

Com o passar dos anos, os moradores pontagrossenses começaram a ver Corina como santa, fazendo pedidos e orações em seu túmulo. Nas placas, os pedidos por prosperidade, paz nos lares e felicidades à família. Porém, o mais comum são agradecimentos.

Em uma matéria realizada pelo jornal Gazeta do Povo, há um relato do zelador do cemitério, o qual conta que muitas pessoas fazem promessas de pintar o túmulo, caso seu pedido seja realizado. Provavelmente, o pedido fora realizado, já que há alguns meses o túmulo era cor- de-rosa.

 
 
 

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