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Lendas e causos de Castro


Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos, pode ser ficcional, verídica ou uma junção de ambas. Normalmente, é difícil saber em qual dessas esferas uma lenda se desenvolveu, como já falava o ditado popular "quem conta um conto aumenta um ponto". Por serem repassadas oralmente de geração a geração, as lendas sofrem alterações à medida que são contadas.

No Brasil, há inúmeras lendas influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do povo brasileiro. Fora do âmbito nacional, cada município possui suas próprias histórias, estórias e lendas, como é o caso de Castro - PR, cidade do tropeirismo. Vamos conhecer algumas delas?


Sucuri

Relatam que na praia da cidade havia uma sucuri presa na gaiola. Após uma enchente muito grande, as pessoas que tomavam conta da cobra não puderam salvá-la. Quando o rio baixou e as águas voltaram ao normal, os responsáveis foram procurar a sucuri e não encontraram. Comenta-se que, por muitas vezes, pescadores enxergaram uma sucuri gigante nadando no Rio Iapó. (Relato feito por Jango Lima Prestes, 80 anos).


Lama Negra

A lama negra é encontrada em grandes quantidades nas barrancas do Rio Iapó e ao lado esquerdo do rio, nas proximidades do local denominado Barranco Amarelo. Acredita–se no seu valor de rejuvenescimento.


A cobra

Conta-se que existe uma cobra, com a cabeça na torre da igreja e o rabo no rio. Se a santa que reside na igreja for roubada, a cobra destruirá a cidade. (História contada por Leoni Zampieri, 51 anos e também por Sargento, 50 anos).


Lagoa da Vaca

Num lugar chamado “Lagoa da Vaca”, os índios matavam pessoas, acorrentavam e jogavam na água. Até hoje, ninguém pode pescar no local porque correntes perseguem as pessoas. (História contada pôr Gustavo Aroldo Augustat, 56 anos).


Relato do zelador da Escola José Nery

O zelador contou que n ano de 1983, dia 1º de janeiro, foi funesto para certas famílias. Ele estava lá quando, neste mesmo dia, a ponte pênsil sobre o Rio Iapó arrebentou devido à má conservação e ao grande número de pessoas que por ali passavam. O zelador não chegou a cair nas águas do rio, ficou pendurado por um cabo de aço. Outras sete pessoas não tiveram a mesma sorte que o senhor Aírton Barbosa teve.


Assombração no Rio Iapó

Certa vez, dois homens foram pescar no Rio Iapó, próximo da fábrica Tupi. Naquele local, o mato era muito fechado e os dois pescadores ficaram separados, sem ver um ao outro. Um deles começou a pescar, cada vez que jogava a linha e o anzol caía na água, o amigo fazia o mesmo. Assim prosseguiu por algum tempo. João, um dos pescadores, ficou curioso com a coincidência e resolveu comentar com o amigo. Chamou-o várias vezes, sem ouvir resposta. Só então notou que seu companheiro de pesca não estava ali, muito pelo contrário, estava bem longe do local. Tratou de encontrá-lo e correram para casa. Acreditaram ser assombração da alma do alguém que morreu no rio ou até de um pescador. (Relato feito pelo Sr. Luiz Cordeiro da silva, 82 anos).


O Monstro do Rio Iapó

Dizem que no rio Iapó há um monstro de sete cabeças. Um dia, ele se levantou e pescadores cortaram uma de suas cabeças. Portanto agora ele só tem três. Uma delas está na ponte do trem, uma está na igreja Matriz, a última no ambulatório Bom Jesus e seu corpo está no Rio Iapó. Dizem que quando ele levantar, o rio secará.


Morro da Canha

O Morro da Canha ficou conhecido quando a exploração do ouro estava em alta. Pela dificuldade de acesso, a história conta que o ouro não pode ser retirado do morro. Dizem que o baú de ouro é segurado por uma corrente e, quando as pessoas se aproximam, são atacadas por uma cobra e marimbondos. Localiza-se no distrito de Abapan, aproximadamente 35km de distância do centro.


Gruta do pinheiro seco

Conta a lenda que a gruta foi esconderijo de tesouros jesuítas, descobertos por exploradores que seguiram os desenhos deixados nas paredes internas em forma de tucanos apontando em direção ao tesouro. Para chegarem ao tesouro, os exploradores derrubaram algumas paredes da gruta, inclusive as que continham os desenhos.


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Os relatos dessa matéria foram cedidos pela Prefeitura Municipal de Castro.


 
 
 

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